sábado, fevereiro 04, 2006

Filosofando sobre nada... de jeito - TAKE II

Até que ponto somos capazes de controlar as nossas próprias emoções? Por vezes, quando achamos que temos tudo sob controle, agimos o mais descontroladamente possível. Quando sentimos descontrole agimos cautelosamente. Será que está ao alcance de toda a gente racionalizar os sentimentos? Falo em racionalização na medida que nos pode ajudar a manter uma certa distância sempre que necessário, não deixando que as emoções nos consumam totalmente. Pergunto-me se isto é mesmo possível. Acho que há quem tenha essa auto-disciplina, mas não deixa de ser superficial. Se nos proibimos de fazer uma coisa é porque temos um sentimento forte que nos dá vontade de a fazer. Um sentimento não acaba se o isolarmos, pode eventualmente adormecer. Por outro lado, será melhor deixarmo-nos levar e que se lixem as consequências? E para gente indecisa, que não controla as emoções e ao mesmo tempo não se deixa levar? Ficamos em estado vegetal a vida toda?
Dou por mim a dramatizar de forma absurda certas coisas que me acontecem. Imaginemos... se gosto de uma pessoa e quero que essa mesma pessoa retribua, qualquer sinal de que isso acontece (ou pode vir a acontecer) é interpretado indiferentemente. Continuarei a adorá-lo secretamente e qualquer indício de possível reciprocidade será desprezado por falta de confiança. Dou por mim envolvida numa relação platónica impossível cujo obstáculo sou eu. Com tanta gente no mundo, por que seria logo eu a escolhida? Mesmo que me dissesse directamente "gosto de ti", para mim o que ele quereria dizer não era bem isso. Tanto podia ter-me dito a mim como à vizinha do lado. E chego à conclusão de que não vale a pena, que mais vale desistir. Decido partir para outra, sempre com esperança. Cabeça erguida, "As God is my witness, I'll never be hungry again!", que nem Scarlett O'Hara numa cena trágica de Gone With The Wind. Quando de repente acordo e vejo que nada se passou. Chamo-me nomes e mudo de postura. Penso: se a Camilla Parker Bowles tem quem goste dela, por que é que não hão-de gostar de mim também?! E aí decido divertir-me e dar uso a todo este amor lamechas que tenho para dar e ninguém aproveita! Até que volto à fase abúlica, seguida (tempos depois) de uma grandiosa alegria de viver. Sou irregular e inconstante. É reconfortante acreditar que são características do signo gémeos, tal como acreditar no destino e que o nosso futuro não está nas nossas mãos. Mas, como não acredito em nada disso, resta-me reflectir sobre o assunto, escrevendo posts sem chegar a conclusão alguma. Mas, neste momento, a vida é uma festa!

5 Comments:

Blogger Mariana said...

Festa? Não me lembro de ter sido convidada.

05 fevereiro, 2006 20:08  
Blogger Helena said...

olha as "minhas" malandrecas têm um belogue!!
eeeeeehhhhhhhhhhhhhhh!!!
beijinhos da tia lena
;D**

07 fevereiro, 2006 18:13  
Blogger Margarida C. said...

Ahahah! Continua a visitar-nos!
Beijinhos das sobrinhas=)

07 fevereiro, 2006 21:40  
Blogger Inês L. said...

Se não é a "Alegre" tia Lena! Beijinhos!

07 fevereiro, 2006 21:58  
Blogger A Burra Nas Couves said...

Há pouco tempo foi-me dito:"É melhor não fazer planos para a vida, para não estragar os planos que a vida tem para nós!". Um beijinho

28 fevereiro, 2006 00:51  

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