Vamos recriar um conceito?
Ultimamente tenho perdido algum tempo(ou ganho... não sei) a divagar sobre o conceito de família ideal. Como é sabido, a própria existência de um conceito que defina família tem-se vindo a desvanecer. Os divórcios, as famílias modernas com filhos de outros casamentos, os padrastos que se tornam quase pais e as madrastas que se tornam quase mães, as mães solteiras e os pais solteiros, os casais de homossexuais homens que tentam adoptar filhos, os casais de lésbicas que preferem que uma faça inseminação artificial no estrangeiro e a outra adopte a posição de pai ou padrasto, são, por muitos, chamadas de famílias disfuncionais. Mas sendo cada vez mais, tornam difícil a existência do tal conceito.
A questão é: Será que é a constituição da família (o serem pais divorciados ou gays ou solteiros) que prejudica a educação das crianças ou jovens? Ou será que os problemas com que estes se debatem são só outros, que os filhos que vivem no seio das "famílias normais" apenas lidam com problemas diferentes e na realidade não são mais saudáveis(psicologicamente) que os anteriores?
Pessoalmente inclino-me mais para a segunda hipótese. Para além de achar preferível que os pais se separem a manterem uma relação tensa e prejudicial para os filhos, acho também que um casal homossexual feliz é muito provavelmente mais capaz de educar uma criança de forma a esta ser próspera do que um casal que insiste em não se divorciar porque "parece mal".
Está lançado o debate.
A questão é: Será que é a constituição da família (o serem pais divorciados ou gays ou solteiros) que prejudica a educação das crianças ou jovens? Ou será que os problemas com que estes se debatem são só outros, que os filhos que vivem no seio das "famílias normais" apenas lidam com problemas diferentes e na realidade não são mais saudáveis(psicologicamente) que os anteriores?
Pessoalmente inclino-me mais para a segunda hipótese. Para além de achar preferível que os pais se separem a manterem uma relação tensa e prejudicial para os filhos, acho também que um casal homossexual feliz é muito provavelmente mais capaz de educar uma criança de forma a esta ser próspera do que um casal que insiste em não se divorciar porque "parece mal".
Está lançado o debate.
8 Comments:
Uma criança que seja educada por um casal homossexual terá sempre problemas. Não duvido da boa vontade, amor e capacidade do casal, mas essa não é a ordem natural das coisas. A família tem uma constituição demasiado própria para que seja assim desconceituada.
Sabias que grande parte dos problemas mentais existentes têm origem em problemas familiares?
Beijos & boas escritas.
Ora ainda bem que não fui eu a dizer isto!! Já previa os ataques ao meu "maxismo" e "chauvinismo". Adoro ver-vos a ter conversa de café! Eu por mim quero um croissant com fiambre e um sumo de laranja natural, se faz favor!
Eu não duvido que a criança terá problemas, mas pergunto-me se serão mais graves que os das outras.
E eu gostava que cada um de nós, Mariana, Inês, LuaNova, Al_Fazema, Margarida, fizessem um exame interior à construção da sua personalidade apesar da vivermos em famílias heterosexuais. Acredito que cada um de nós terá fragilidades e pequenos traumas que nos levam, por exemplo a escrever em blogs. Uns com mais graça, outros extremamente pedantes e prentensiosos. E arrogarmo-nos no lado dos sãos, capazes de decidir e ajuizar acerca dos direitos das pessoas apenas pela sua orientação sexual é perigosamente desumano.
Muito bem dito, LuaNova. Só uma pergunta: porque é que achas que isto é conversa de café? É um tema de discussão como tantos outros, pode realmente ser discutido num café mas num blog ta,bém, ora essa! :-)
É conversa de café porque é discutido de forma superficial, pouco séria do ponto de vista científico e acaba por ter como mesa de discussão uns adultos com baixo nível de instrucção e alguns adolescentes com demasiadas peneira e pretensões para poderem ter um futuro mais brilhante que nós.
Concordo com a Mariana e simultaneamente com a Inês ao perguntar se os problemas do filho do casal homossexual serão mais graves que os outros. Talvez a única diferença seja o facto de nós à partida já sabermos antecipadamente quais os problemas que terá de enfrentar, todos obviamente originados pelo preconceito da sociedade. Defendo também que faz falta no crescimento de qualquer criança uma referênica tanto feminina como masculina mas com tantas a crescerem sem pai, sem mãe, ou mesmo orfã, talvez não se justifique toda esta problemática. Mas talvez seja uma perspectiva um bocado egoísta.
E prontos, está recriado o conceito!
Enviar um comentário
<< Home