Lets get lost
Segunda-feira tive a oportunidade de assistir à entrevista no Jornal Nacional da Constança Cunha e Sá (editora de Política da estação) ao candidato à presidência da República, Manuel Alegre. Vejo pouca televisão mas na altura das candidaturas a primeiro-ministro assisti também à entrevista a Paulo Portas e tinha ficado com a mesma opinião. Fiquei com a impressão de que Portas estava a querer fazer passar a ideia de que tinha aceite o convite à entrevista por especial favor em honra à relação de amizade que nutria pela entrevistadora (uso o Pretérito Imperfeito pois quem sabe não se afastaram entranto... o senhor de um momento perdeu protagonismo ao regressar à Terra com os resultados das eleições e demitir-se do cargo de líder do CDS/PP... não vejo que interesse poderá continuar a ter tido.). Relação essa que estava constantemente a ser posta em evidência por ambas das partes. Perfeitamente desnecessário. Paulo Portas estava amistoso como nunca o tinha visto antes e surpreendentemente permissivo. Calmo, sorridente, todas das características a que não nos tinha habituado estavam presentes. Mas já aí se fazia notar a forma de abordagem peculiar da senhora. Passam a imagem de dois peneirentos mimados com mania de superioridade. Normalmente, a este tipo de pessoas, quando lhes sobe a mostarda ao nariz (aparentemente assoado com o mais caro dos lenços), sai a ranhoca mais nojenta alguma vez vista. No caso do Paulo Portas está provado que é verdade. Basta enervarmos um bocadinho a Constança Cunha e Sá e veremos.
Bem, escusado será dizer que na entrevista a Manuel Alegre não existia familiaridade alguma, apenas uma formalidade desconfortável à qual Constança se tentou sobrepôr sem sucesso. O poeta Alegre, à parte todos os defeitos que lhe possam ser apontados devido à sua candidatura (e outras situações), conseguiu estabelecer uma certa distância com classe e dignidade, características que Portas não possui e cujo significado desconfio que desconheça.
As entrevistas da senhora lembram um programa de TV daqueles bem reles em que o objectivo é confrontar os convidados com coisas que disse ou fez no passado, exigindo explicações a fim de o encavacar e, se tudo correr bem, de o humilhar. Tudo gira à volta do "mas o senhor disse..." e "por que é que disse..." e "o que é que acha do seu rival...", etc... tudo o que meta possível embaraço é abordado na entrevista.
Eu pergunto-me: com tanto bom jornalista no país, qual é a necessidade de recorrerem a pessoas como estas? Só irá contribuir para a má reputação da estação televisiva em questão. But then again... estamos a falar da TVI certo?
P.S.- Teremos o prazer de assistir à entrevista a Cavalo Silva na próxima Segunda-feira...!
Bem, escusado será dizer que na entrevista a Manuel Alegre não existia familiaridade alguma, apenas uma formalidade desconfortável à qual Constança se tentou sobrepôr sem sucesso. O poeta Alegre, à parte todos os defeitos que lhe possam ser apontados devido à sua candidatura (e outras situações), conseguiu estabelecer uma certa distância com classe e dignidade, características que Portas não possui e cujo significado desconfio que desconheça.
As entrevistas da senhora lembram um programa de TV daqueles bem reles em que o objectivo é confrontar os convidados com coisas que disse ou fez no passado, exigindo explicações a fim de o encavacar e, se tudo correr bem, de o humilhar. Tudo gira à volta do "mas o senhor disse..." e "por que é que disse..." e "o que é que acha do seu rival...", etc... tudo o que meta possível embaraço é abordado na entrevista.
Eu pergunto-me: com tanto bom jornalista no país, qual é a necessidade de recorrerem a pessoas como estas? Só irá contribuir para a má reputação da estação televisiva em questão. But then again... estamos a falar da TVI certo?
P.S.- Teremos o prazer de assistir à entrevista a Cavalo Silva na próxima Segunda-feira...!
1 Comments:
Vi Paul Doors e sua mãe a passearem pelo Chiado dentro de um belo jipe. A parte do jipe poderia trazer-lhe de volta um certo interesse...
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