Faça você mesmo!
Ontem, ao ler o metro (leitura obrigatória para quem anda de metro e comboio diariamente), despertou-se-me uma vontade imensa de escrever um post. Depois de vários dias sem ideias brilhantes, fez-se finalmente luz. Não é uma ideia brilhante mas é pelo menos uma ideia e não posso deixar de ficar grata por isso. Portanto, estava eu a folhear o tal jornal (onde não há muito para ler, diga-se de passagem) quando me deparo com uma crónica de Margarida Rebelo Pinto intitulada de Faça você mesmo. Pensei: "Finalmente, algo para ler!" (não por achar que iria contribuir como um aumento da minha sapiência mas por me ajudar a passar o tempo sem requerer reflexão alguma sobre o que lia. Era cedo, a minha capacidade de raciocínio estava mais lenta do que o costume, qualquer outra coisa me teria custado a ler. Leitura light, certo?). O texto falava da falta de civismo dos portugueses que deixavam os "presentes" ou "dejectos" (citando) dos seus "canídeos" ou "bichinhos de estimação" na via pública. Segundo Margarida, os donos têm a obrigação de "apanhar com um plástico ou um bocado de jornal velho a porcaria deixada pelos seus Pilotos, Bobys e afins.". Não podia estar mais de acordo! Eu, como boa leitora que sou, mal cheguei a casa levei o meu cão a passear e apanhei o seu "dejecto" com o jornal que tinha na mão. A frase da crónica em destaque encontrava-se debaixo de uma foto de Margarida como um ar seriamente pensante e intelectual, como a própria diz ser: "O Motocão - uma invenção genial e utilíssima aos lisboetas porque limpa de forma rápida e eficaz os 'presentes' deixados pelos seus canídeos na via pública - devia servir também de base para campanhas camarárias no sentido de sensibilizar a população a mudar os seus hábitos de pouca higiene na utilização da cidade como WC público." . Nota-se uma tentativa de seriedade e ironia na sua escrita, misturadas com o toque de leveza que tanto a caracteriza. Deixo aqui os meus sinceros votos de uma boa continuação de esforço. No final do texto aparece, discretamente, a seguinte informação: "Margarida Rebelo Pinto é escritora.". Esta é a frase que dá verdadeiramente origem ao título da crónica... "Faça você mesmo"!
Coincidentemente (ou não... não há coincidências, não é?), estava hoje de manhã a arranjar-me para sair de casa quando oiço na Antena 3 que Margarida Rebelo Pinto quer proibir a publicação de algo escrito por um crítico literário que afirma que os livros dela são todos iguais, só mudam os títulos e os nomes das personagens... "Que audácia, hein? Com que direito vai ele publicar uma coisa a dizer mal do meu trabalho? Ainda se vivessemos em democracia!". Deve ter sido este, provavelmente, o pensamento de Margarida. A verdade é que a censura dá jeito de vez em quando. E se pudessemos censurar a publicação de livros com um nível qualitativo obviamente baixo, ainda mais jeito daria. Mas, se assim fosse, já não teria tema para o post de hoje.
Coincidentemente (ou não... não há coincidências, não é?), estava hoje de manhã a arranjar-me para sair de casa quando oiço na Antena 3 que Margarida Rebelo Pinto quer proibir a publicação de algo escrito por um crítico literário que afirma que os livros dela são todos iguais, só mudam os títulos e os nomes das personagens... "Que audácia, hein? Com que direito vai ele publicar uma coisa a dizer mal do meu trabalho? Ainda se vivessemos em democracia!". Deve ter sido este, provavelmente, o pensamento de Margarida. A verdade é que a censura dá jeito de vez em quando. E se pudessemos censurar a publicação de livros com um nível qualitativo obviamente baixo, ainda mais jeito daria. Mas, se assim fosse, já não teria tema para o post de hoje.