quarta-feira, fevereiro 22, 2006

Add-Vice [Música]

Retomo assim os nossos estimadíssimos Add-Vices, hoje com a intenção de dar mais (e boa) música às vossas vidas. Falar-vos-ei, então, de um grupo chamado The Carpenters. A sua sonoridade apresentava influências da música Pop, Country e, por vezes, do Jazz. Era constituído por dois irmãos - Richard Carpenter e Karen Carpenter - e teve grande sucesso na década de 70. Ele era (e ainda é) pianista e produtor do grupo, responsável pelos arranjos instrumentais e vocais. Ela iniciou-se como baterista, algo invulgar numa mulher, desvendando ao mundo, mais tarde, a sua voz única. Começou por cantar por detrás do volumoso instrumento, a sua figura perdia destaque perante o movimento frenético das baquetas. Então, transferiram-na para a frente do palco, para que pudesse comunicar directamente com o público, assumindo-se assim unicamente como cantora. Queixava-se de não saber o que fazer com as mãos, tanta exposição deixava-a extremamente desconfortável. Mas tudo isso era secundário, Karen possuía um talento subtil mas arrebatador. A sua voz era suave, passa despercebida pela sua discrição. Continha uma simplicidade aparente mas enganadora. Uma das características da cantora era o seu folgo interminável!
Mas o duo vivia também do talentoso Richard Carpenter. Criou uma sonoridade absolutamente inconfundível que se tornou uma das marcas do grupo. Fazia arranjos intrumentais de um imenso bom gosto. Fazia arranjos vocais como ninguém, ao ouvirmos os coros fazemos uma associação imediata .
Funcionavam juntos na perfeição, marcaram a música dos anos 70 e tornaram-se uma referência para a música de hoje. Interpretaram grandes êxitos como Close to You, Mr.Postman, Top of the World, pela sua interpretação de This Masquerade, Can't Smile Without You e a fabulosa versão de Ticket to Ride, dos Beatles. Ouçam e deliciem-se.

P.S.- Curiosidade: ela deixa de comer e morre de anorexia em 1983.

domingo, fevereiro 19, 2006

Aspecto VS Personalidade

É um dado conhecido que são raras as mulheres que se se sentem totalmente satisfeitas com o seu aspecto exterior. Assim, de um modo geral, nós mulheres tendemos a criar uma imagem ideal, um protótipo, um objectivo a atingir. Pessoalmente sempre achei que esse protótipo seria comum pelo facto de para além de produtores da cultura que nos envolve sermos também produto dela. Mas é engraçado constatar que não. Cada mulher cria uma imagem sensivelmente oposta às características que não gosta em si própria. A maior parte das pessoas diz que só se preocupa com a sua imagem para si próprio mas não acredito. Nós sentimo-nos bem se percebermos que "agradamos" a quem nos rodeia, como tal, o que nos leva a criar uma imagem se esta não corresponde verdadeiramente à imagem ideal das pessoas cuja opinião nos interessa? Mas enquanto ponho esta questão, penso também que é uma pena que o aspecto exterior seja tão importante. Gostava, por isso, de pedir aos nossos leitores para dizerem, à parte a teoria, que importância dão ao aspecto por oposição à personalidade?

terça-feira, fevereiro 14, 2006

The body is the garden of the soul

domingo, fevereiro 12, 2006

Eles sobre elas?

Estava em frente à televisão na noite de Sexta-feira (3 de Fevereiro) quando, durante o zapping, dou com um programa prestes a começar. É deprimente ficar em casa a ver TV a uma Sexta-feira, não necessariamente pelo facto de não estarmos a curtir a night em Lisboa (como aposto que passou pela cabeça de muitos de vocês por ser tipicamente teenager), mas pelo facto de a programação televisiva ser uma bela *****. O único proveito a tirar será total chacota à custa dos outros, como no episódio do Seinfeld em que o George Costanza é aconselhado a tirar as amígdalas (que voltaram a crescer pois já as tinha tirado em miúdo) e recorre, a conselho do amigo Kramer, a um curador holístico (muito mais barato e supostamente mais eficiente também) que acaba por dar mau resultado (George fica total e literalmente violeta durante uns tempos devido a um chá curativo). Jerry acompanha Costanza a esta deliciosa consulta em busca de material para as suas piadas (visto ser um comediante), com um presentimento de que aquilo seria uma potential goldmine. E é com essa disposição que devemos ligar a televisão a uma Sexta-feira à noite (vendo bem, serve para qualquer dia e qualquer dia da semana). Mas então, o programa que estava prestes a ver não foi escolhido strictly for material, mas com uma certa esperança de entretenimento.
Tratava-se do "Eles Sobre Elas", com Luis Costa Branco, Paulo Sousa Costa, Pedro Vasconcelos e Rogério Samora. O programa começou com uma introdução feita pelo actor Rogério Samora, em que falava da tristeza que era ao ver prostitutas abandonadas, sem clientes nem dinheiro, sem casa nem família para onde ir no final da noite. Aí, evidenciou a cadelinha que tinha ao colo, algo invulgar num programa televisivo. Contou a história dela: foi-lhe sido dada pela dona de um café que frequenta habitualmente, era abandonada e precisava de um dono. O actor, que vive sozinho, ofereceu-se desde logo para ficar com ela e conta que lhe faz imensa companhia, que é a parceira que há tanto procurava. Seguidamente põe a seguinte questão: qual a razão que nos leva a ignorar uma prostituta, que no fundo apenas procura um lar e companhia, e a sentir piedade por uma cadela, cujas necessidades são semelhantes, acolhendo-a de imediato?
Tenho a dizer-vos que não encontrei resposta para tal questão até porque mudei de canal repentinamente, qual reflexo involuntário. Mas agora que penso sobre o assunto chego à conclusão de que teria sido sensato ver até ao fim, mas na altura o meu lado racional reagiu impulsivamente querendo certificar-se de que dormiria descansada ao saber que tinha cultivado o meu intelecto optando pelo visionamento de algo mais interessante. A dúvida ficou no ar... estarei exigente demais ou a questão em questão era absurda? Se um programa que põe quatro homens a falar de mulheres durante 1h não tem mais nada a discutir, então algo se passa. Ter-se-á tornado a mulher um tema sem mais nada a acrescentar?

sábado, fevereiro 04, 2006

Filosofando sobre nada... de jeito - TAKE II

Até que ponto somos capazes de controlar as nossas próprias emoções? Por vezes, quando achamos que temos tudo sob controle, agimos o mais descontroladamente possível. Quando sentimos descontrole agimos cautelosamente. Será que está ao alcance de toda a gente racionalizar os sentimentos? Falo em racionalização na medida que nos pode ajudar a manter uma certa distância sempre que necessário, não deixando que as emoções nos consumam totalmente. Pergunto-me se isto é mesmo possível. Acho que há quem tenha essa auto-disciplina, mas não deixa de ser superficial. Se nos proibimos de fazer uma coisa é porque temos um sentimento forte que nos dá vontade de a fazer. Um sentimento não acaba se o isolarmos, pode eventualmente adormecer. Por outro lado, será melhor deixarmo-nos levar e que se lixem as consequências? E para gente indecisa, que não controla as emoções e ao mesmo tempo não se deixa levar? Ficamos em estado vegetal a vida toda?
Dou por mim a dramatizar de forma absurda certas coisas que me acontecem. Imaginemos... se gosto de uma pessoa e quero que essa mesma pessoa retribua, qualquer sinal de que isso acontece (ou pode vir a acontecer) é interpretado indiferentemente. Continuarei a adorá-lo secretamente e qualquer indício de possível reciprocidade será desprezado por falta de confiança. Dou por mim envolvida numa relação platónica impossível cujo obstáculo sou eu. Com tanta gente no mundo, por que seria logo eu a escolhida? Mesmo que me dissesse directamente "gosto de ti", para mim o que ele quereria dizer não era bem isso. Tanto podia ter-me dito a mim como à vizinha do lado. E chego à conclusão de que não vale a pena, que mais vale desistir. Decido partir para outra, sempre com esperança. Cabeça erguida, "As God is my witness, I'll never be hungry again!", que nem Scarlett O'Hara numa cena trágica de Gone With The Wind. Quando de repente acordo e vejo que nada se passou. Chamo-me nomes e mudo de postura. Penso: se a Camilla Parker Bowles tem quem goste dela, por que é que não hão-de gostar de mim também?! E aí decido divertir-me e dar uso a todo este amor lamechas que tenho para dar e ninguém aproveita! Até que volto à fase abúlica, seguida (tempos depois) de uma grandiosa alegria de viver. Sou irregular e inconstante. É reconfortante acreditar que são características do signo gémeos, tal como acreditar no destino e que o nosso futuro não está nas nossas mãos. Mas, como não acredito em nada disso, resta-me reflectir sobre o assunto, escrevendo posts sem chegar a conclusão alguma. Mas, neste momento, a vida é uma festa!

quinta-feira, fevereiro 02, 2006

Filosofando sobre nada... de jeito

É com gosto que volto a escrever depois de tanto tempo ausente.
"Ano novo, vida nova"? Não sei se a vocês também mas, a mim, acenta-me que nem uma peúga (mais interessante que dizer luva). Muita coisa mudou. Mudanças aparentemente insignificantes cujo valor e essência ninguém conhece senão nós próprios. Não que uma mudança atinja única e exclusivamente o próprio mas o peso da transformação reside em quem ela mais afecta.
A minha aparência mudou por via de importantes alterações de pontos de vista. Esses pontos de vista mudaram devido a uma diferente maneira de olhar o mundo, as pessoas e as coisas que nos rodeiam.
Mas, não querendo radicalizar, continuo a mesma mas de uma forma diferente. Trata-se de uma mudança própria da idade, estou em fase de transição. Vendo bem, não estaremos todos? A nossa vivência não é mais que uma constante transição, mesmo que não demos conta ou que não apresente evidentes transformações (não pretendendo parecer intelectualóide nem snob, subitamente nasceu em mim uma vontade imensa de filosofar sobre coisas sem interesse). Tenho vindo a aperceber-me de que arriscar pode trazer frutos, mesmo que podres. Mas a podridão é ultrapassável, mais facilmente que a verdura (vindo de verde e não de legume) eterna que nunca chega a amadurecer. Há que aproveitar a vida, tomando decisões arriscadas ou simplesmente deixando fluir sem pensar demasiado. Agir mais e pensar menos, mesmo que se sigam arrependimentos. Atingir um equilíbrio em que não nos lamentemos pelo que não fizemos não pelo que fizemos a mais.
Pretendo pôr todo este paleio em prática, sempre que possível. Viver em utopia é agradável desde que nunca se acorde.

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