News from a stranger
Long time, no see, já dizia o outro. Já há muito que não escrevia um texto para o In-deed. Na verdade, já há muito que não escrevia um texto. Quando entramos de férias perdemos vários hábitos que adquirimos ao longo do ano lectivo. Eu, claramente, não sou excepção, perdi muitos (bons) hábitos. O hábito de escrever foi um deles. O de tomar banho foi outro. Mas não é, com certeza, sobre isso que vocês querem ler. E agora pergunto eu: que querem, vocês, ler? Pois, não faço ideia. E isto está patente em todos os meus outros posts.
Depois de um mês de estudo (quase) intensivo para os exames nacionais e depois da afixação dos resultados, declarei-me de férias (uma vez que tinha, milagrosamente, passado a todas as disciplinas na 1ª fase). Tinha o mês de Julho livre! Mas fechei-me em casa. Não fiz praia, não passeei, não fiz novos amigos nem revi os velhos... mas, acima de tudo, não me bronzeei, o que é bastante grave. Não saí de casa, simplesmente porque não me apetecia. Mas ouvi música, muita música, estudei piano (embora desorganizadamente), e vi televisão até às 5h da manhã praticamente todos os dias (mãe, se estás a ler isto, quero que saibas que estou muito arrependida). Espero que compreendam agora a razão pela qual não escrevi mais no blog, estive demasiadamente atarefada.
Esta rotina mudou drasticamente com a viagem à Holanda. Estivemos 7 dias em Amesterdão (5 antes do curso, 2 depois), uma cidade maravilhosa. A arquitectura, os canais, as pessoas, as bicicletas, é tudo magnífico! Isto é, obviamente, a opinião de uma turista que lá esteve apenas uma semana. Mas adorei. Visitámos museus, andámos de barco pelos canais, fomos de bicicleta para quase todo o lado. De um modo geral, as pessoas são extremamente simpáticas e educadas. O nosso grupo era praticamente constituído por raparigas por isso, como podem imaginar, a simpatia advinha, maioritariamente, da população holandesa masculina. Existem mais Coffee Shop 's que Cafés, é mais fácil encontrar um sítio para fumar uma ganza do que para beber um expresso. As ruas ficam desertas por volta das 22h30/23h, não se vê vivalma. Existem vias para circulação de carros e outras para as bicicletas. Curiosamente, ciclovias são mais perigosas! A condução holandesa de bicicletas é alucinante: vimos um homem a fazer a barba enquanto pedalava para o trabalho, uma rapariga que se via ao espelho enquanto falava ao telemóvel... entre outros. E apanhámos uns quantos a tirar e comer os macaquinhos do nariz, com a maior naturalidade do mundo. Ainda há pouco falava de hábitos... há uns que se ganham em criança e, lamentavelmente, nunca mais se perdem. Quanto à comida... existe uma banca de hot dog's em cada esquina, restaurantes com comidas típicas de países do mundo inteiro, menos do país propriamente dito. Por acaso vi um ou dois restaurantes de comida típica holandesa, mas a ementa do tipo: fish&chips, eggs&beans... very tippycal, indeed.
Depois de 5 dias bem passados, seguimos para Utrecht onde frequentámos o tal curso de que falava a Inês no último post. Teve local numa estalagem no meio de um bosque, praticamente reservada para os participantes (à volta de 120 pessoas). Eram quase todos holandeses, dois alemães, 2 ingleses, 2 franceses, 1 americano, uma rapariga da Estónia, por aí... e 11 portugueses! Eramos o grupo mais jovem e mais divertido, verdade seja dita (a idade rondava à volta dos 35/40). Tivemos excelentes conductors, entre eles o tal Darmon Meader (um senhor com muitas qualidades. Ah, e um grande músico). Tinhamos aulas e ensaios das 9h às 21h e fizemos a apresentação final numa capela ao lado da estalagem. O DVD está para chegar e as fotos já estão disponíveis! Visitem o site do curso. Foi super divertido e igualmente pedagógico (para compensar o mês de Julho), se pudesse não teria voltado tão cedo.
A Inês está sem internet mas assim que a recuperar dará noticias (supondo que alguém está interessado).
Estou a olhar para o tamanho do post e talvez seja melhor terminá-lo por aqui. Se estão a ler isto é porque tiveram paciência de ler até ao fim. Deixem-me os vossos nomes e moradas na caixa de comentários, quero agradecer-vos personalisadamente.